Espaço Aberto – Uma imersão no Ministério da Saúde a partir do Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora em Atenção Básica e Educação em Saúde Coletiva

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Segunda turma de especializandos do Programa. O curso tem duração de um ano e seu grupo é formado por profissionais da gestão federal, egressos dos cursos de saúde coletiva e de programas de residência multiprofissional. Arquivo pessoal dos autores, alguns direitos reservados.

Trata-se de um relato de experiência dos especializandos do Programa de Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora em Atenção Básica e Educação em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio Grande do Sul no Ministério da Saúde, sobre a imersão nos cenários de prática no Departamento de Atenção Básica e da Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, inseridos na Gestão Federal do Sistema Único de Saúde.

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Qual seria a condição da saúde bucal dos indivíduos jovens e adultos deficientes visuais institucionalizados?

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Devemos estar atentos as necessidades dos deficientes visuais, tratando-se da sua condição de higiene bucal, pois além da deficiência visual, possuem suas capacidades motoras também limitadas, resultando em acúmulo de biofilme, o que pode gerar um processo inflamatório gengival e/ou doença cárie. Quando esse grupo é institucionalizado suas chances de maior desenvolvimento perceptivo, motor e cuidados são melhores desempenhados, contudo tem-se observados que mesmo esses pacientes apresentam condições de higiene desfavoráveis. Sem dúvida, intervenção de políticas de saúde e atendimento primário iria contribuir na incorporação no cuidado à saúde dessa população.

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Espaço Aberto – Análise crítica da política de saúde e perspectivas para a pesquisa em saúde com catadores de materiais recicláveis

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Foto: Arquivo pessoal dos autores, alguns direitos reservados.

A produção científica nesta temática apresenta capacidade de problematizar as dificuldades que essa coletividade apresenta no que concerne aos riscos ocupacionais e de contrair doenças, estando desamparados por políticas públicas. Há necessidade de se atuar em campos e áreas que visem as melhorias sociais e contra a desigualdade econômica, social e ambiental, para o grupo em estudo há que pelo menos se pensar em ações em saúde no campo da educação em saúde, pelo fato desse campo da saúde atuar na promoção, recuperação e prevenção de doenças, na perspectiva de atender exclusivamente catadores no seu contexto social, econômico e de saúde.

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Espaço Aberto – O importante encontro com as experiências indesejadas

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A comum relação com o indesejável. Imagem em domínio público.

A presença da dor, do sofrimento, da frustração está, normalmente, associada aquilo que traz um sentimento de infelicidade às pessoas. Em uma sociedade que se preza a “felicidade acima de tudo”, entrar em contato com o indesejável é completamente aversivo. A dúvida é: Por que não entrar em contato com aquilo que é indesejável?

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Cuba Salud 2015: A falsa unanimidade quanto à cobertura universal de saúde

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Na Convenção Internacional de Saúde Pública “Cuba Salud 2015”, algumas contradições foram colocadas em evidência quanto ao tema da Cobertura Universal de Saúde. A partir de experiências de diferentes países do mundo, identifica-se que o termo tem sido usado para defender propostas muitas vezes contrárias, buscando ganhar adeptos. Questiona-se se estamos avançando para a garantia do direito à saúde ou se cada vez mais a saúde tem sido vista como um bem a ser comprado, com pacotes de serviços diferenciados de acordo com as condições de pagamento, na perspectiva da financeirização e mercantilização da saúde dos povos.

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Ioga e Justiça social: Por um novo paradigma de acessibilidade

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A prática de ioga pelos usuários. Foto: Wikimedia de Jessmcintyre, alguns direitos reservados.

Mesmo com o significante avanço da ioga no Brasil, observa-se que o acesso à esta prática é alcançado por uma parcela restrita da sociedade. Esta desigualdade, fomentada por condições socioculturais pouco questionadas, prejudica muitos brasileiros que poderiam obter importantes benefícios à saúde, bem-estar e qualidade de vida. Em contrapartida, alguns grupos de idealizadores que procuram transformar esta realidade vêm aproximando pessoas menos assistidas aos princípios e práticas da ioga.

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Ioga – A tradição adentra no campo da ciência

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Confira, no artigo, as várias interações da Ioga com o processo saúde-doença.

Há na literatura uma série de definições sobre a ioga, bem como seus benefícios e principais características. Existe, portanto, consentimento quanto a complexidade e grande dimensão do assunto, contendo uma gama de escolas, tipos e estilos de ioga que implica, muitas vezes, em uma compreensão superficial pela maioria das pessoas. O presente artigo pretende esclarecer, brevemente, algumas questões acerca da tradição da ioga e a sua relação com a ciência.

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Prática de Ioga: Nova abordagem para promoção da saúde

Cartaz da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC, Ministério da Saúde, 2013.

Cartaz da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares PNPIC, Ministério da Saúde, 2013.

Compreender a saúde de maneira integral é um desafio. A carta de Ottawa, elaborada na I Conferência Internacional sobre Promoção de Saúde (1986), ocorrida no Canadá, representou um marco para o desenvolvimento das ações de promoção de saúde, que vem ao encontro da visão de saúde integral. A ioga é uma tradição indiana que utiliza recursos de integração psicofísica capaz de promover saúde e qualidade de vida aos praticantes. Atualmente, a ioga é uma das práticas complementares e integrativas reconhecidas, e devido a sua complexidade, será discutido ao longo das próximas edições.

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O Sanitarista na graduação e o novo momento da Reforma Sanitária

O símbolo da Saúde Coletiva da UFRGS  representa o coletivo  e sua diversidade.

O símbolo da Saúde Coletiva da UFRGS representa o coletivo e sua diversidade.

A graduação em Saúde Coletiva surgiu como uma das possibilidades de inserção de um profissional generalista que traz consigo o aporte necessário e um olhar diferenciado sobre as políticas públicas de saúde. Essa visão mais comprometida com um sistema de saúde universal, integral e equânime, surgiu da necessidade de que o profissional da saúde possua, através da graduação, um contato maior com as questões sociais e suas representações no binômio saúde-doença.

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Alteração da Lei N. 8080: Ameaça ao Sistema Único de Saúde

O domínio pelo capital estrangeiro na saúde brasileira inviabiliza o projeto de um Sistema Único de Saúde e, consequentemente, o direito à saúde, tornando-a um bem comerciável, ao qual somente quem tem dinheiro tem acesso.

O domínio pelo capital estrangeiro na saúde brasileira inviabiliza o projeto do SUS universal e gratuito e, consequentemente, o direito à saúde, tornando-a um bem comerciável, ao qual somente quem tem dinheiro tem acesso. Charge de Amâncio.

Neste mês, a coluna Espaço Aberto informa sobre uma importante alteração realizada na Lei Orgânica da Saúde (Lei n.º 8080), com objetivo de ampliar o debate acerca desta mudança. No último dia 19 de janeiro, foi publicada no Diário Oficial da União a Lei N. 13.097, que permite a intervenção do capital estrangeiro no SUS. O que pensar sobre essa alteração? O que poderá refletir na prática em nosso modelo de saúde?

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